sábado, 21 de julho de 2012

DezContente e (In)pertinente

‎'DiferenteMente com a mesma postura
antes em um lugar não conhecido
hoje dezconhecido em lugar nenhum'















(assim seguindo todos os dias com muitos e sozinho)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pé Calçado'


Nesta fazenda de concreto
Terra por todos os lados
Olhares discretos
Mais nunca isolados
Pessoas em silêncio
Com o pensamento descarregam sobre mim
Suas energias negativas e nada construtivas
Me apego em uma canção, dos pensamentos alheios eu me isolo.
Por todas as esquinas onde passo
O som do arrasto de alguma forma tenta me forçar a dançar
Nesta dança onde meus pés muito se machucaram, hoje não danço, não canto, nem derramo pranto, apenas olho sem espanto de coração rezo ao Espírito Santo, para que derrame Amor nestas ruas onde muitos sofrem tanto.
No caminho de volta com a mente sempre trabalhando, o coração procurando um encanto com esperança.
No meu refúgio abençoado, a minha espera com um sorriso de criança, Minha Avó, me prova o quão grande é a vontade de viver diante de tanta arrogância.
Alguns minutos sozinhos, uma dose de música pra acalmar meu ânimos perturbados, por começos inacabados, sonhos não realizados e objetivos não conquistados, ainda uma luz se acende mostrando o tamanho da minha sempre companheira sombra.
Minha motivação se mostra infalível, legível e tão tangível.
Olho para o passado e me vejo perdido, ainda destemido, buscando neste presente esquecido um caminho para o futuro que para nunca foi impossível.

Domingo




' Um sorriso lindo
azedo feito tamarindo
olhe pra mim
descreva oque estou sentindo'










(Resumo de um domingo não diferente de todos os últimos.)

sábado, 7 de julho de 2012

O Desejo

' O amor não se manifesta no desejo de far amor com alguém, mas no desejo de partilhar o sono'




Milan Kundera

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Antoine de Saint-Exupéry



“Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra, o teu me chamará para fora da toca, como se fosse música”.


(Antoine de Saint-Exupéry)


Sua colaboração como sempre importante.







'Neste presente não vivido, me apego ao passado nunca antes adormecido, uma faísca propulsora coloca em combustão um desejo para um futuro indevido.


(in)devidos momentos importantes'

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Brasil tem maior número de assassinatos de jornalistas que Iraque e Afeganistão juntos



O Brasil ocupa a 5ª posição entre os locais onde mais se assassinou jornalistas em 2012, mesma posição ocupada pela Somália, onde há uma guerra, e Paquistão, mergulhado na polêmica do terrorismo. Os dados foram publicados pela Press Emblem Campaign (PEC), entidade suíça que se dedica a defender a liberdade de imprensa. Segundo o levantamento, 72 jornalistas foram mortos pelo mundo nos seis primeiros meses do ano, num total de 21 países. O número é 33% acima dos incidentes registrados em 2011.
No total, seis jornalistas foram mortos no Brasil no primeiro semestre, o que levantou a indignação inclusive da ONU, que pediu publicamente para que as autoridades tomassem medidas concretas para garantir o trabalho dos profissionais.
Os números brasileiros ajudaram a transformar a América Latina na região mais perigosa para se trabalhar como jornalistas no mundo, superando até mesmo o Oriente Médio. No total, foram 23 mortes na região, com oito no México, quatro em Honduras, duas na Bolívia e uma ainda na Colômbia, Haiti e Panamá. O número de mortes de jornalistas no Brasil chega a ser superior ao do Iraque e Afeganistão, juntos.
O aumento global ocorre também por conta da intensificação de conflitos internos. No caso da Síria, foram 20 jornalistas mortos neste ano. No México, foram outros oito. Na avaliação do secretário-geral da entidade, Blaise Lempen, se a tendência for mantida, 2012 deve registrar o maior número de mortes de jornalistas de que se tem registro. No ano passado, foram 107 mortos no total.

O Sul no Norte


Desníveis econômicos entre nações não podem, por si, ser causa de conflitos políticos ou de guerras sem que uma longa e complexa manobra estratégica e propagandística os converta nisso.

Se você quer saber qual será a política de amanhã, leia as publicações acadêmicas de hoje: nada se grita nas praças que antes não se tenha sussurrado em sala de aula, longe das atenções dos "analistas políticos" da mídia, sempre os últimos a saber. O prazo de maturação em que as ideias dos professores se transformam em moda política é de uns vinte e cinco ou trinta anos, o tempo de uma troca de gerações. 
Decorridos alguns meses do desmantelamento da URSS, um amigo meu, militar de alta patente, veio entusiasmado me mostrar uns trabalhos publicados em revistas de estudos estratégicos, que falavam de uma nova divisão geopolítica do mundo: em vez do conflito Leste-Oeste entre regimes comunistas e capitalistas, tínhamos então a disputa Norte-Sul entre países ricos e países pobres. 
Em linguagem popularizada, dramatizada em slogans e chavões de fácil repetição, a tese ressurge agora pela boca de dois entre os mais notórios garotos-propaganda do esquerdismo internacional: o escritor uruguaio Eduardo Galeano e o deputado suíço Jean Ziegler (v. http://www.youtube.com/watch?v=MyxO-gL_ZnM). Falta só um pouquinho, portanto, para que a guerra Norte-Sul se consolide como verdade de evangelho, repetida em todos os jornais e botequins do universo pela "parcela mais esclarecida da população". No entanto, a teoria não se tornou nem um pouquinho melhor nesse ínterim. Ao contrário, a falsidade e a má intenção que a inspiravam no começo tornaram-se ainda mais patentes. 
Não preciso, por isso, senão repetir aqui o que naqueles dias remotos expliquei ao meu estupefato amigo. Primeiro: desníveis econômicos entre nações não podem, por si, ser causa de conflitos políticos ou de guerras sem que uma longa e complexa manobra estratégica e propagandística os converta nisso. Mas mesmo neste caso não se pode dizer que a pobreza seja a "causa" da disputa: a causa verdadeira é a ação política deliberada que a usou eficazmente como pretexto. E notem que não é do dia para a noite que se infunde na cabeça de um povo empobrecido por oligarquias ociosas e corruptas a ideia de que todos os seus males vêm do estrangeiro. Segundo: política e guerra custam muito dinheiro, especialmente numa era de tecnologia avançada, e nenhuma nação pobre se arriscaria a enfrentar os vizinhos mais prósperos, nem mesmo no campo puramente político-diplomático, se não tivesse por trás um amigo rico e poderoso a instigá-la e financiá-la para isso. Mas neste caso o verdadeiro agente não seria a nação pobre e sim o aliado rico, empenhado em bater com mão alugada.
Era exatamente a situação que se havia observado nas guerras da Coreia e do Vietnã, onde os americanos não se batiam contra tropas locais esfarrapadas, mas contra o bloco comunista inteiro que as movia como peças de xadrez. Havia também a possibilidade de tratar-se de uma falsa nação pobre, isto é, uma nação rica com povo pobre, cujas oligarquias exploradoras tentassem aliviar conflitos internos canalizando o ódio popular contra bodes expiatórios estrangeiros, tal como faz hoje o Irã. Mas mesmo neste caso o dedo do aliado rico estaria lá, orientando e dirigindo tudo mais ou menos discretamente. Terceiro: a teoria original de Marx enfocava a luta de classes na escala das nações individuais, cada uma com sua burguesia e seu proletariado supostamente em antagonismo perpétuo. Mas já na década de 30 Josef Stálin lançou a ideia de enfocar os conflitos internacionais, reais ou possíveis, como lutas de classes, as nações pobres no papel de "proletariado", as ricas no de "burguesia". Com a ajuda de centenas de milhares de agentes espalhados pelo mundo, e com aquela desenvoltura que os comunistas têm de tomar figuras de linguagem como se fossem descrições científicas da realidade, logo a ideia se universalizou sob a forma do "terceiromundismo". Na época, só gente muito burra ignorava que as nações pobres alegadamente neutras, mas dedicadas a uma política antiocidental sistemática, eram manipuladas pelo bloco comunista. 
Sabendo-se que a queda da URSS não modificou substancialmente o esquema de poder na Rússia nem atenuou em nada a ação do movimento comunista internacional, a teoria Norte-Sul não passava em 1990, como não passa hoje, de uma reedição melhorada do "terceiromundismo" stalinista, a ser acionada em condições estratégicas mais que favoráveis. De um lado, o triunfalismo ocidental empenhado em celebrar afoitamente a "vitória na guerra fria" encobriu sob um manto de confortável invisibilidade a ação comunista internacional, dando-lhe o descanso necessário para se rearticular em novo formato (que já expliquei em inúmeros artigos, por exemplo http://www.olavodecarvalho.org/semana/030309zh.htm,http://www.olavodecarvalho.org/semana/110718dc.html ehttp://www.olavodecarvalho.org/semana/060724dc.html) e reaparecer no mundo com identidade trocada, sem um centro de comando aparente e dispensada, portanto, de arcar com qualquer responsabilidade histórica pelos crimes da URSS e da China. De outro lado, o processo mesmo da "globalização" e o fortalecimento inaudito dos organismos internacionais como núcleos de um governo mundial em formação determinaram claramente o desmantelamento da indústria norte-americana, a transformação maciça da imigração forçada em arma de dissolução das soberanias nacionais no Ocidente, o desgaste dos EUA e da Europa em sucessivas crises econômicas e a emergência da China como potência concorrente ameaçadora. Que momento melhor haveria para um ataque geral ao Ocidente sob o pretexto de guerra dos pobres contra os ricos, do "Sul" contra "o Norte"? Quem, numa hora dessas, se lembrará de observar que os agentes principais do processo – Rússia, China, Irã – ficam no Norte?  


Publicado no Diário do Comércio.

escrito por OLAVO DE CARVALho
                                           Obra extraída do Youtube, canal CafeCrime.

Ocupa a Rede Globo

Sim, a justiça liberou que candidatos que não tenham suas contas aprovadas participem normalmente das eleições de 2012. E a culpa é do STF? A culpa é dos "políticos"? Não! A culpa é NOSSA, que aceitamos ser um povo patético, infantilizado, imbecilizado, orgulhoso de ser alienado, que passa quatro anos reclamando indignado no facebook mas que, na hora mais importante,simplesmente esquece tudo e vota no "amigo do cunhado do vizinho" como se isso fosse uma questão de escolher alguns números pra digitar. A culpa é nossa!


Nota extraída da página https://www.facebook.com/ocupa.a.rede.globo
confiram.